Entrega de RGs para os agricultores. Ação do SINTRAF Coité por meio do Mutirão de Documenteação da Trabalhadora Rural do MDA e INCRA. SINTRAF Coité: Construindo cidadania para o homem e a mulher do campo!
Cooperativa de Agricultores e Agricultoras
Familiares e Grupos de Empreendimento Solidário
Reconhecido pelo RFB em 31 de março de 2008. CNPJ
09.544.712/0001-46
IE - 77.144.352NO
Base territorial Município de Conceição do coité-BA
Filiado a Arco Sertão e UNICAFES
Conceição do coité, 04 de setembro de 2009.
EDITAL DE
CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA COOAFES
A
coordenadora Geral da Cooperativa dos Agricultores Familiar e Grupos de
Empreendimentos Solidários de conceição do coité de acordo com suas atribuições
no que lhe confere o estatuto social desta entidade no ART. 23 convocam
todos/as cooperados/as para participarem da Assembléia Geral Ordinária que será
realizada no dia 03 de Junho do corrente ano no auditório do Sindicato dos Trabalhadores
da Agricultura Familiar de Conceição do Coité-ba situado na Rua João Mateus de
Souza Nº. 10 as 08: h com 2/3 (dois terços) do numero de cooperados em
condições de votar, em primeira convocação, as 09: h metade mais um dos
cooperados, em segunda convocação, as 10: h mínimo e metade dos cooperados em
terceira convocação com a seguinte ordem do dia:
1-Aprovação do estatuto;
2-Eleição e Posse da Nova Diretoria;
3-O que ocorrer;
Maria
Luzia do Carmo Santana - Coordenadora Geral.
Flaviano
Santiago Oliveira - Coordenador Secretário.
Foi sepultado na manhã de sábado (18),no cemitério São João Batista,na cidade de Araci,o corpo da sindicalista e líder comunitária Maria Madalena Santos Silva. Ela faleceu na sexta-feira (17) em Salvador vitima de câncer de mama, depois de muitas complicações, ou seja, mais de cinco anos de tratamento.
O corpo de Madalena foi velado na comunidade de Queimadinha, distante 13 km de Araci e por volta das 07h30, com um cortejo em forma de carreata, seguiu até a cidade, onde uma multidão o aguardava.
Conhecida em todo território nacional, em especial nos movimentos sociais, a agricultora familiar foi homenageada no dia internacional das mulheres durante um ato no centro da cidade e, mesmo ausente, lembrada através de um painel, foi chamada de “Guerreira”, por defender bandeiras e lutas por espaços e direitos para todos.
A “guerreira”, além de religiosa dedicou sua vida e seus últimos anos, quase que exclusivamente a lutar pelo direito da mulher rural e como líder comunitária, foi reconhecida pelos moradores da comunidade através das manifestações populares durante o sepultamento, pelas batalhas em defesa de moradia digna para os agricultores familiares.
Dentre as lutas travadas pela sindicalista, destaca-se a fundação do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais de Araci, da APAEB/Araci, do Movimento de Organização Comunitária (MOC), a mais de quatro décadas e militante das machas dos direitos das mulheres, que teve inicio no território do sisal, estendendo à Brasília em 1986, resultando na emenda constitucional que garantiu os direitos das mulheres a aposentadoria.
Ao receber a visita do CN em sua residência a cerca de três anos e na ocasião o CN acompanhava o então secretário da Infraestrutura, hoje, deputado federal João Leão (PP), Madalena repetiu palavras do vocabulário de uma trabalhadora rural dedicada à organização feminina e de lutas em defesa da qualidade de vida dos agricultores rurais, ou seja, mobilização luta igualdade, defesa dos direitos das mulheres e dos homens. Na época ela externava o desejo de vê asfaltado o trecho de 32 km que distancia o Distrito de Salgadália, município de Conceição d Coité á cidade de Araci, beneficiando a comunidade de Qeimadinha, onde residia e consequentemente melhorando a vida dos agricultores rurais, principalmente e escoar seus produtos.
Maria Madalena dos Santos Silva, uma das militantes mais experientes nas lutas femininas, disse ao CN que “a luta faz a gente viver melhor”. Questionada porque dedicou parte de sua vida à luta das mulheres trabalhadoras rurais e contou que era movida pela necessidade de ver o movimento social cada dia crescendo em busca da cidadania e sempre sonhou por dias melhores na sociedade, mais justa e igualitária.
Amiga de Wagner o Lula – Em 27 de setembro de 2007, durante a comemoração dos 40 anos do Movimento de Organização Comunitária (MOC), em Feira de Santana, onde estavam reunidos representantes da agricultura familiar, educadores do campo, membros de diversas organizações e movimentos sociais, sindicalistas e autoridades, o governador Jaques Wagner falou sobre as parcerias com o movimento social e lembrou a importância de Madalena neste movimento e da sua amizade com a líder sindical. Na foto, Wagner se dirigia a Madalena, a terceira entre as pessoas que formavam a mesa de trabalho. ”Madalena foi importante neste trabalho da sociedade civil organizada que faz com que o povo brasileiro volteasse a ter esperança”, falou o governador na época.
Movida pela esperança de dias melhores, Madalena marcou a presença no ano de 1993 da passagem da caravana da cidadania pela região o sisal, período em Lula, candidato a presidente da republica, durante 20 dias, de 23 de abril a 12 de maio de 1993, percorreu 4.500 quilômetros, visitando quase 60 cidades em sete estados, mostrando um país pouco visto, pouco falado e muito maltratado.
O secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Conceição do Coité, Valdemi de Assis, lamentou a morte de Madalena e lembrou as “caminhadas”, no final da década de setenta e inicio de oitenta, quando na pauta estava a aposentadoria dos mutilados, das viúvas, mulheres, diminuir a idade dos homens e em todos os atos lá estava Madalena. “Madalena foi muito importante no inicio da minha história, pois adolescente, ela me incentiva a lutar e trabalhar para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse Valdemí.
Veja depoimento de Sindicalista:
Da redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas e Portal Folha/Imagens TV Folha
O exercício da cidadania começa com o acesso a um direito básico
do cidadão que é a documentação civil. Pensando neste princípio
o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar - SINTRAF de
Conceição do Coité começou a entrega dos 690 RGs (Registro Geral)
emitidos no mês de março através do Programa Nacional de
Documentação da Trabalhadora Rural.
A
primeira entrega ocorreu na manhã deste sábado, 18, no Distrito de
Salgadália que foi contemplado com cerca de duzentas carteiras de
identidades e 250 CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas). “Isto aqui é
muito importante, pois sem documento não somos nada, agente não
pode fazer compras em loja e nem fazer empréstimo em banco, então
eu agradeço a todos por conseguir pra gente que é trabalhadora
rural” disse a agricultora familiar Deusuita Cupertino Preto.
“Pra
gente é uma grande satisfação ter emitido uma quantidade
significativa de RGs e CPFs em apenas quatro dias de trabalho e,
principalmente, poder entregar os documentos em um espaço curto de
tempo.” salientou Gilca Moraes, secretária de Políticas para as
Mulheres do SINTRAF.
A entrega
da documentação segue na próxima segunda-feira, dia 20, em Nova
Palmares a partir das 2 horas da tarde e a noite será a vez do
distrito de Ipoeirinha. Para as pessoas das demais comunidades e da
sede do município que fizeram o documento a entrega será realizada
na próxima sexta-feira, dia 24, na sede do sindicato nos seguintes
horários, pela manhã das 07hs às 12hs e à tarde das 14hs às
17hs.
Cerca de quinze jovens da sede e zona rural de Conceição
do Coité estiveram nesta manhã de sexta-feira, 03, na sede do Sindicato dos
Trabalhadores da Agricultura Familiar (SINTRAF) para participarem da reunião
mensal do Coletivo de Jovens. Na pauta de discussões a falta de oportunidade no
mercado de trabalho e as alternativas de geração de trabalho e renda.
Flaviano Santiago, Secretário de Políticas Para Juventude
do SINTRAF e coordenador do Coletivo de Jovens fez uma explanação da realidade dos
jovens do meio rural no município, na qual em sua maioria, encontram-se sem
perspectivas de futuro. Como exemplo que serve de alternativa para esta realidade,
o coordenador do Coletivo apresentou o trabalho que a Cooperativa de
Agricultores Familiares e Grupos de Empreendimentos Solidário (COOAFES) tem
realizado no município com 8 grupos de produção a qual vem contribuindo com a geração
de trabalho e renda para cerca de 60 famílias em Conceição do Coité.
Os participantes discutiram as saídas para esta realidade
e propuseram realizar um diálogo maior com o Conselho Municipal de Juventude e
intensificar o debate nas comunidades sobre a importância do trabalho coletivo.
Rosemeire da Silva Oliveira, da comunidade do Açude
Itarandi, participou pela primeira vez das reuniões do coletivo e disse que vai
tentar aprofundar a discussão em sua localidade visando à criação de um grupo
de produção entre os jovens da comunidade. “Em minha comunidade perdemos a
nossa principal fonte de renda que era o cultivo de hortaliças por causa da
poluição do açude, agora temos que buscar alternativas e, esta ideia de trabalho
em grupo me parece ser muito viável”, comentou a Jovem.
As reuniões do Coletivo de Jovens do SINTRAF acontecem
todas às 1ª sexta-feira de cada mês e podem participa qualquer jovem que se interessar,
sejam urbanos ou rurais, sendo que as discussões se baseiam em temáticas
voltadas para a juventude rural em especial.
Após as últimas chuvas que caíram no município, aliviando
um pouco o sofrimento dos agricultores, começa o período de preparo do solo
para o cultivo das lavouras. E foi preocupado com este fator que o Sindicato
dos Trabalhadores da Agricultura Familiar de Conceição do Coité (SINTRAF) sentiu
a necessidade de convocar o prefeito de Coité, Francisco de Assis, para uma
conversa no sentido de saber o que a nova gestão tem feito e pensado para os
agricultores neste período. A reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira,
02, na sede do sindicato e contou com a presença do vereador Rene do Sindicato
e de nove diretores da entidade.
Assis iniciou sua fala expondo a atual situação em que se
encontra o município e disse que, mesmo com tantas dificuldades, tem conseguido
executar algumas ações para o meio rural, como por exemplo, a disponibilização
de 10 tratores para o preparo das terras dos agricultores e o fornecimento de
água com caminhões pipas.
Entendendo o momento vivido pelo município os diretores
do SINTRAF se colocaram a disposição do prefeito e em especial da secretaria municipal
de Agricultura para juntos encontrar as alternativas para o campo e disseram
que irão aplaudir se for preciso, mas também que vão cobrar e manifestar quando
necessário. “Agente, enquanto
representante dos agricultores familiares, queremos contribuir com seu governo
e não atrapalhar. Somos uma instituição que tem feito muito pelo homem do campo
e pretendemos fazer ainda mais neste novo momento” argumentou Maria Rute Lima,
presidenta do SINTRAF.
Ao final do encontro, Assis concluiu afirmando que o
sindicato é um “parceiro histórico” de luta e que agora vai precisar ainda mais
deste apoio ao seu lado para superar esta fase difícil.